terça-feira, 29 de outubro de 2013

Nos dias de tempo bom

Hoje eu quis falar das belezas. Da beleza das flores, do céu, das estrelas, do Sol, dos aromas.

Das flores. Do seu colorido. Da sua diversidade. É primavera, minha estação amada. Aquelas plantas que se entristeceram no outono e morreram em depressão no inverno, ressuscitam, voltam alegres, trazem vida para as casas, para as ruas. Os dias passam alegres, cheirosos, a vida corre, planta, voa, vive.

Do céu. Será ele azul? No amanhecer ele é claro, o azul querendo ser branco, mas desiste e fica de um anil intenso. No anoitecer o crepúsculo brinca com a imaginação: o azul de mistura com o rosa, logo o laranja se junta à eles, o azul fica roxo, o vermelho invade o colorido que passa a escurecer. O céu não fica preto. Ele é azul marinho. Clareado por aquelas estrelas.

Das estrelas. Elas que são comparadas ao destino. Aquelas que atendem pedidos na primeira estrela visível ao entardecer. Aquelas que abençoam as noites dos apaixonados, dos amigos que se unem para aproveitar os dias de tempo bom. Elas que embelezam as misteriosas noites e tornam encantadoras essas partes do dia que são consideradas trevas.

Do Sol. Ele que ilumina e aquece os dias. Gosto quando vem com brisa e com temperatura amena, quando não queima a pele e não faz suar. Quando apenas aquece de leve e fica bom para ficar perto.

Dos aromas. O cheiro orgulhoso de um livro velho, o cheiro animado de um livro novo. O cheiro vibrante do perfume do amado que acelera as batidas do coração. O cheiro contagiante do café que tranquiliza, com o sabor que agita. Aromas que alucinam, que passam paz. Aromas que respiramos, que assimilamos. O aroma do corpo, sem perfume, pele na pele, olho no olho, o aroma do que chamamos amor.

Nos dias de tempo bom aproveito o Sol, com a brisa leve que traz os aromas do dia a dia, e das flores primaveris que gritam cores e juventude. O céu dá um show ao entardecer, com as cores se confundindo até se tornar homogêneo o pano de fundo de mais uma noite de trevas misteriosas que encantadora fica com estrelas pinceladas pelas mãos de algo que certamente é divino.

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